Condicionantes Meteorológicos para a Eficiência de Defensivos Agrícolas

Foto 1 – aplicação de inseticida na cultura da soja;
Foto 2 – infestação de lagartas para a realização de bioensaios em laboratório com a cultura da soja; 
Foto 3 – bioensaios com a cultura da soja;

O projeto “Condicionantes Meteorológicos para a Eficiência de Defensivos Agrícolas” é coordenado pela Meteorologista, professora Dra. Angelica Durigon do Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Rurais da UFSM.  A professora Angelica explica que o principal objetivo da pesquisa é determinar quais são as condições atmosféricas observadas em escala micrometeorológica mais favoráveis à obtenção de máxima eficiência em aplicações de defensivos agrícolas. O primeiro experimento do projeto está sendo realizado com inseticida, numa área de três hectares na saída para o Distrito de Pains, em Santa Maria, com as culturas de milho e soja.

Os objetivos específicos do projeto são:

1. Caracterizar as condições atmosféricas em escala micrometeorológica durante aplicações de defensivos agrícolas em campo;

2. Caracterizar as condições atmosféricas durante aplicações de defensivos agrícolas em ambientes com atmosfera controlada;

3. Determinar a eficiência das aplicações de defensivos agrícolas em campo e em ambientes com atmosfera controlada;

3. Ajustar modelos numéricos relacionando a eficiência da aplicação de defensivos agrícolas e as condições atmosféricas observadas no momento das aplicações;

4. Prever a eficiência das aplicações de defensivos agrícolas pelos modelos numéricos ajustados e validar as previsões em experimentos de campo.

A professora Angelica justifica o desenvolvimento do projeto explicando que a importância da condição atmosférica para a obtenção de máxima eficiência em aplicação de defensivos agrícolas já foi descrita na literatura, mas em estudos que combinem as diferentes variáveis determinantes em regiões subtropicais são escassos.

A possibilidade de inclusão de outras variáveis nesse tipo de estudo além da temperatura e umidade do ar e o vento, como a estabilidade atmosférica, pode contribuir para o amplo entendimento da eficiência da aplicação de defensivos. Com um conjunto de dados amplificados e representativos da condição atmosférica em escala micrometeorológica da região subtropical, modelos de previsão de eficiência de aplicação de defensivos agrícolas podem ser desenvolvidos para auxiliar os produtores como ferramentas para tomada de decisão agrometeorológica.

Para entender melhor:

A Escala Micrometeorológica é a escala de fenômenos meteorológicos com dimensão espacial inferior a 1 km e temporal inferior a 1 h, como as trocas de energia e massa, a turbulência atmosférica e a dispersão de poluentes. Os fenômenos que ocorrem nesta escala determinam a dispersão de gotas de aplicações de defensivos agrícolas. Os fenômenos meteorológicos ocorrem ainda em macroescala ou escala sinótica e em mesoescala.

A coordenadora explica que as aplicações de inseticida são realizadas em diferentes horários do dia (entre às 8h às 22h) desde dezembro de 2018. As avaliações de eficiência estão sendo realizadas com o uso de cartões de papel hidrossensível para medidas das características das gotas, e em bioensaios em laboratório com lagartas Chrysodeixisincludens. Por ser um projeto interdisciplinar, conta com a presença de vários alunos dos cursos de graduação e pós-graduação em Agronomia e Meteorologia, e professores e TAE’s do Departamento de Defesa Fitossanitária do CCR e do Departamento de Física do CCNE da UFSM.

A professora Angelica reforça o papel da FATEC para a execução do projeto que coordena. Com o apoio administrativo da instituição os trâmites necessários para a realização do projeto, como a contratação e pagamento de bolsas e a aquisição de equipamentos, são facilitados e podem ser realizados por completo.

Kelly Martini – MTb 137.25
Assessora de Imprensa da FATEC

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